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Servidor do TCE se torna réu em processo da Operação Quadro Negro
Pablo Granemann vai responder por participação em organização criminosa e repasse de propina ao ex-governador Beto Richa; nesta terça-feira (2), a Justiça determinou que ele use tornozeleira eletrônica
Por G1 | Postado em: 03/04/2019 - 09:28

O servidor do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) Pablo Granemann, preso temporariamente na 5ª fase da Operação Quadro Negro, virou réu por participação em organização criminosa e repasse de propina ao ex-governador Beto Richa (PSDB), preso desde 19 de março.

A denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) aceita pelo juiz Fernando Fischer, da 9ª Vara Criminal de Curitiba, tem como base a delação premiada do ex-diretor da Secretaria de Educação Maurício Fanini.

A operação apura desvios de mais de R$ 20 milhões em obras de escolas públicas do estado, entre 2012 e 2015. O MP-PR aponta Richa como chefe da organização criminosa e principal beneficiário das propinas.

Em depoimento prestado na segunda-feira (1º), Fanini disse que em março de 2013 entregou R$ 500 mil em dinheiro vivo a Granemann e que o destinatário dos valores era Luiz Abi Antoun, primo do ex-governador.

A pedido dos promotores, o ex-diretor reconheceu o servidor do TCE-PR em um vídeo.

"Sim, eu encontrei ele, doutor, como me foi apresentado pelo Luiz Abi, que eu entregaria a ele, depois quando ele foi à minha casa e depois na outra ocasião do Palácio Iguaçu, num evento que eu encontrei ele lá", afirmou o delator.

Granemann já teve outras ligações com o poder público. Ele trabalhou na Secretaria de Governo da Prefeitura de Curitiba, na gestão de Beto Richa. Em depoimento, Granemann confirmou que foi motorista de Luiz Abi Antoun e que o levou várias vezes ao Palácio Iguaçu.

"Ele chegava nas reuniões, eu nunca subia junto. [As reuniões eram] as vezes no próprio hotel, as vezes ele vinha até o Palácio. Uma ou duas vezes, não me recordo quantas vezes e tal, fomos na casa do Beto", disse.

O servidor do TCE-PR afirmou conhecer o delator Maurício Fanini, mas negou ter se encontrado com ele para pegar dinheiro. "Nunca fui. Ele sabe disso, ele sabe disso. Isso eu nunca fui. Nunca tive pessoalmente junto com ele. Eu encontrei ele uma ou duas vezes, ali no Palácio", contou.

Nesta terça-feira (2), o juiz Fernando Fischer negou o pedido de prisão preventiva de Granemann. Como venceu a prisão temporária, ele será monitorado por tornozeleira eletrônica.

Cinco processos relacionados a Quadro Negro estão em andamento na Justiça do Paraná. O primeiro deles, em fase final, aguarda a sentença do magistrado. O MP-PR tem outros 20 inquéritos abertos sobre o caso.

 

O que dizem as defesas

 

A defesa de Pablo Granemann disse que só vai se manifestar depois que analisar a denúncia.

Em nota, a defesa de Maurício Fanini informou que ele vai continuar colaborando com a Justiça.

A reportagem não teve retorno da defesa de Beto Richa.

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